quinta-feira, 25 de junho de 2009

Zoonoses

Jovem Aprendiz Rural

Itaí 25/06/2009
Aprendizes: Renata da Silva e Tiago Gesualdi



Zoonoses
Zoonozes são doenças de animais transmissíveis ao homem, bem como aquelas transmitidas do homem para os animais. Os agentes que desencadeiam essas afecções podem ser microorganismos diversos, como bactérias, fungos, vírus, helmintos e rickéttsias. Apesar da importância afetiva e do forte elo de amizade que os animais domésticos representam num lar para toda uma família, eles também podem ser transmissores de várias doenças para as pessoas que com eles convivem. Atualmente, com o aumento populacional tanto dos animais como dos seres humanos, a preocupação com as zoonoses tem aumentado consideravelmente, pois se acredita que este problema tenda a se agravar no futuro.



Algumas doenças:





Raiva (doença)

A Raiva, também conhecida como hidrofobia é uma doença causada por um vírus da família rhabdoviridae, gênero Lyssavirus. O agente causador da raiva pode infectar qualquer animal de sangue quente, porém só irá desencadear a doença em mamíferos, como por exemplo cachorros, gatos, ruminantes e primatas (como o homem).
O vírus da Raiva é um Rhabdovirus com genoma de RNA simples de sentido negativo (a sua cópia é que é lida como mRNA na síntese protéica). O vírus tem envelope bilípidico, cerca de 100 nanômetros e forma de bala.
O vírus da raiva tem um método de transmissão especialmente interessante, pois a a infecção de novos hóspedes por mordida depende da sua capacidade de provocar agressividade no doente. Ele o faz através de infecção dos centros nervosos do cérebro que controlam os comportamentos agressivos. Sua disseminação inicial dentro dos axónios dos neurónios permite-lhe evadir o sistema imunitário. Ele se transmite através da mordida de animais como cachorro, morcego e muitos outros.
Sintomas:
No homem, o primeiro sintoma é uma febre pouco intensa (38 graus centígrados) acompanhada de dor de cabeça e depressão nervosa. Em seguida, a temperatura torna-se mais elevada, atingindo 40 a 42 graus. Logo a vítima começa a ficar inquieta e agitada, sofre espasmos dolorosos na laringe e faringe e passa a respirar e engolir com dificuldade. Os espasmos estendem-se depois aos músculos do tronco e das extremidades dos membros, de forma intermitente e acompanhados de tremores generalizados, taquicardia, parada de respiração.






Larva migrans visceral

A larva migrans visceral (LMV) é uma síndrome causada pela migração de larvas de nematóides (como Neoascaris vitulorum e Toxocara canis) pelo organismo humano.
Como essas larvas não podem se reproduzir em humanos, elas migram pelos tecidos do corpo, invadindo o coração (causando miocardite), e o SNC (causando convulsões). Se essas larvas migrarem para os globos oculares, essa condição se chamará "larva migrans ocular".
Para o diagnóstico, é necessário biópsia do órgão para visualizar-se as larvas.
Muitos dos problemas de contaminação com T. canis e T. cati poderiam ser reduzidos com o tratamento preventivo. Se os filhotes de cães e gatos fossem levados ao veterinário para uma consulta de orientação básica e devida vermifugação a partir do primeiro mês de idade o tratamento instituído não permitiria que as larvas se desenvolvessem, atingissem a maturidade e produzissem ovos contaminantes.



Larva Migrans Cutânea ou Bicho Geográfico


A larva migrans, conhecida popularmente como bicho geográfico, é uma doença causada por parasitas intestinais nematelminto, ou seja, fezes e urina do cão e do gato, sendo eles o Ancylostoma braziliense, Ancylostoma caninum, Astenocephaloa ou Gnathostoma spinigirum. Ao defecar na terra ou areia, os ovos eliminados nas fezes transformam-se em larvas. Estas penetram na pele do homem causando a doença. Essas larvas ficam em lugares como a praia, a areia de construção, locais que cães e gatos urinam e defecam, etc.
Transmissão:
A transmissão é dada pelo contato da pele com as larvas. Apesar de comuns nas areias das praias, os ovos se espalham em qualquer terreno que lhes garanta calor e umidade suficientes para virarem larvas. Quando as pessoas pisam ou sentam em locais infestados, as larvas tratam de perfurar a pele superficialmente e começam a "caminhada" que abrirá verdadeiros túneis na pele da vítima. Como métodos para a cura dessa doença, pode-se enumerar os seguintes tratamentos: colocar gelo, pingar parafina de vela derretida em toda a área atingida, ou pomada dermatológica, tendo todos eficiência comprovada.


Erlichiose


A Erlichiose (também Erliquiose e Doença do Carrapato) é uma doença causada pela Ehrlichia canis, da ordem das Rickettisias e transmitida pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus.
A doença, mais comum em cães do que em gatos, é transmitida quando um carrapato que parasitava um cão doente passa para um cão sadio. O vetor da doença (Rhipicephalus sanguineus) transmite o agente etiológico Ehrlichia canis para a corrente sanguínea, que é fagocitada pelos monócitos e se desenvolve no interior desses, causando anemia e imunodeficiência.
Sintomas:
A doença pode se desenvolver em várias fases, desde a mais leve como perda de apetite e indisposição, até fases mais pesadas como inchaço ou inflamação das patas, febre, vomitos, cegueira, gengiva e mucosas pálidas, convulsões e pequenos sangramentos.
Normalmente, o cão apresenta uma repentina falta de apetite e fica muito fraco e debilitado. O cão pode apresentar melhoras mesmo sem a doença ter sido exterminada de seu organismo, causando um engano no dono que não vai a procura de tratamento médico adequado, e depois dessa melhora aparente os sintomas podem reaparecer só que sem chances de tratamento, o que da Erlichiose uma doença muito perigosa.
Tratamento:
A Erlichiose é tratável apenas se descoberta antes do animal não ter perdido muito de seus glóbulos, ou seja, logo no começo. O tratamento é feito a base de antitérmicos, antibióticos próprios (do grupo das tetraciclinas) e suplementos vitamínicos (como o complexo B12).
Prevenção:
A melhor prevenção é a exterminação dos carrapatos do cão, e o controle deles no ambiente em que o cão habita, e de produtos preventivos como coleiras antipulgas, sabonetes carrapaticidas, etc. Não há ainda vacinas preventivas.




Febre amarela


A febre amarela é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos contaminados por um flavivirus e ocorre na América Central, na América do Sul e na África.
No Brasil, a febre amarela pode ser adquirida em áreas silvestres e rurais de regiões como Norte e Centro-Oeste, além de parte do Sudeste, Nordeste e Sul. Ou seja, o indivíduo entra em regiões onde exista o mosquito Aedes aegypti ou Aedes albopictus e, conseqüentemente, sofre a possibilidade de ser picado por algum desses mosquitos já afetado pelo vírus, que possivelmente fora contraído pela picada em um ser já portador, como a espécie de bugio ou outros tipos de macacos, e, em seguida, o mosquito pica a pessoa que ainda não teve a doença e, portanto, não adquiriu defesas naturais para combater o vírus. A febre amarela urbana é considerada erradicada no Brasil desde 1942, o que significa que grandes centros urbanos não correm o risco de propagação em massa do vírus.

Fonte: pt.wikipedia.org

policlinicaveterinaria.com.br

2 comentários: